Já o tinha na prateleira há quase um ano, foi presente de aniversário. Just Kids, Apenhas Miúdos, a história da Patti Smith e do Robert Mapplethorpe, narrada por ela, desde que se conheceram no final dos anos 60, até à morte dele no final dos anos 80. E, apesar de contar os factos de uma forma um bocado superficial e idílica - já tinha lido algumas coisas, nomeadamente a propósito do caso dela com o Sam Shepard e não foi tudo um mar de rosas como ela deixa transparecer no livro -, é uma história lindíssima, principalmente no princípio. Por ser Nova Iorque nos 70s. Como já me tinha apercebido no Naked City, a cidade era suja e perigosa, os artistas não tinham onde cair mortos, passavam fome e criavam com o que lhes vinha à mão. Essa realidade, mais do que as tretas da paz e amor, essa crença em que estão a criar algo de maior, passarem muitas dificuldades mas conseguirem prevalecer e consolidar uma obra que hoje em dia encontrou, tanto no caso dela como no dele, e no de tantos outros que lhes foram contemporâneos, um lugar de relevo na história da cultura artística popular ocidental faz-me sentir ridícula por já ter quase 26 anos e não ter feito grande coisa, por me sentir restringida por não ter uma máquina melhor, ou por demorar um ano a acabar um texto, um desenho. Preciso de sair daqui.
3.9.12
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