26.3.10

we'll be the fearless american defenders of liberty and democracy


Até que o Estado de Guerra (The Hurt Locker) pretende ser alguma coisa. Mas não deixa de ser de quase todas as maneiras mais um filme de guerra. Com os estereótipos todos enfiados lá pró meio (o soldado cobarde, o soldado prudente e que age ' by the book', o soldado arrojado e inconsequente que se safa sempre em grande) ou grandes dilemas (a escolha entre a família ou a guerra, o gajo que no princípio não quer nada com a paternidade, mas no fim já só quer um filho, a incapacidade de salvar um inocente...) os mercenários, e um ambiente geral hostil, onde parece que a qualquer momento lhes vai acontecer qualquer coisa, tadinhos.
O facto é que, sendo impossível ir para a sala de cinema com uma espécie de imparcialidade sobre o assunto, esperava que a estória ou que alguma técnica cinematográfica me fizessem ganhar algum entusiasmo pelo filme. O que não aconteceu de todo.

eu acho mas é que tenho espinha estrábica.


não há lesões pleuro-cardio pulmonares, notando-se apenas um moderado reforço da arborização bronco-vascular que se acompanha de uma ligeira alteração dos contornos do bordo esquerdo do coração onde há um rectificação do arco médio e também do arco ventricular esquerdo com ligeira hipoplasia do arco aórtico.








pelo que percebi os meus pulmões têm dificuldade em se relacionar com o  meu coração.

strangeways, here I come! parte XIX



No meu sonho recebia uma mensagem de voz tua a explicar o porquê de não poderes vir almoçar comigo hoje. Ao que parece tu estavas na tua autocaravana no cimo de um monte a ver Californication. Quando acabou a temporada decidiste vir para casa e vinhas atrás de um carro andaluz nas curvas sinuosas da montanha, quando aparece um cão andaluz no meio da estrada. O carro andaluz desviou-se prontamente dele e tu tb te desviaste mas não evitaste de rebolar ribanceira abaixo.
Entratanto acordei e o estranho foi que ainda fiquei uns segundos a cogitar um esquema de te ir visitar ao hospital.

15.3.10

exercício nº1. Joana e o Centro Cultural Vila Flor

Mariana Lopes 2010

the way young lovers do


Mariana Lopes 2010

into the wild

Mariana Lopes 2010

14.3.10

me liki



...e com sorte ainda devem estar expostas as ilustrações que ele fez para o Triunfo dos Porcos (George Orwell) na Galeria Dama Aflita, à Rua da Picaria.

pérolas a porcos



white tent

...irritam-me profundamente pretenciosismos pseudo-artísticos, pseudo-intelectuais, pedantismos e eu-é-que-sei-da-bela-da-arte-e-tu-és-mas-é-uma-parola [ismos].
Porventura serei mesmo a parola que não percebe nada do assunto. Mas quando há uns tempos fui por casualidade a uma loja 'trendy' do Porto (assim uma que fica na Rua do Rosário, ao lado do Artes em Partes...uma que se chama Muda...) e por casualidade experimentei o 'casaco' da foto ('É dos White Tent! Nunca ouviu falar?São actualmente os melhores designers de moda em Portugal...'-não, não ouvi... mas por acaso até gosto...muito Osklen...) fiquei estupefacta com o facto de o fecho éclair não abrir. Corria até baixo, mas não abria. E ainda mais estupefacta fiquei com o comentário do 'funcionário'...: '-Ai menina isso é assim, veio directamente do Moda Lisboa, pode tentar pedir ao atelier deles que mudem o fecho, mas eu duvido...isso é conceito e eles não gostam de alterar conceitos.' (com direito a sotaque bichó-afectado, outra coisa que eu a-d-o-r-o.)
Conceito???Essa agora serve pra justificar tudo...é conceito criar um casaco com um fecho que não abre e se tem que vestir por cima como um vestido, dificultanto largamente a tarefa de o meter em cima do corpo?...mas secalhar não é mesmo um casaco, é um vestido...ou é um vestido-casaco-vestido...ou quer personificar na dificuldade de o vestir, o trabalho e as mãos laboriosas que o confeccionaram...ou então uma coisa do género 'tudo o que é belo requer esforço...', ou então não é nada disto, mas é tudo isto ao mesmo tempo...é conceptual, p'ecebes?
No fim de contas parece mesmo que sou mesmo parola. Mas uma parola que não vai em cantigas de dar 250euros por uma peça de roupa que nem se sabe o que é.

11.3.10

o corta e cose da M.I.A.






 









nice hã? thanks Joe;)

off with their heads!


chapeleiros e rainhas à parte, estava à espera algo bem melhor.

smurfs


xamaniquices à parte, estava à espera de algo bem pior.

10.3.10

hold me close, hold me tight


...e vêm-me à cabeça estas fotos sempre que ando na rua abraçada.

[Bod Dylan e Suze Rotolo em 1963, (fotografados por Don Hunstein) numa sessão que acabou na capa do The freewheelin’ Bob Dylan.]

e eis que no meio da monotonia surge Precious.

confesso que já não guardo muita pachorra pra composições Saul Bass style, ou levemente inspiradas em Saul Bass, [seja]...
mas no meio de tanta coisa que segue a mesma receita igual e monótona, o de cima chamou-me a atenção...

...assim como aqui o de baixo:

7.3.10

torres do silêncio

Dokhma de Yazd, Irão. Por indigoprime

Dokhma em Bombaim, 1986. Por Laurent KB


O Castro falava-me outro dia de um costume funerário de uma coisa chamada 'Zoroastrismo'.
O Zoroastrismo surge Ásia Central cerca de mil anos antes de Cristo (difundido pelo profeta Zaratustra - o mesmo do Nietzsche...) e foi a religião predominate da Pérsia até à conquista muçulmana, após a qual, e pressionados a escolher entre a conversão ao islamismo e a morte, os parsis fugiram (no séc. X) para a Índia.    

Acontece que os zoroastristas, ao invés de enterrarem seus mortos como fazem os muçulmanos e cristãos, ou de cremá-los como fazem os hindus, budistas e jainistas,  deixam os corpos  nas 'Torres do Silêncio' (Dokhmas)  para que sejam devorados por aves necrófagas. Os cadáveres são impuros e podem contaminar a Natureza enquanto criação divina e pura - enterrá-los contaminaria a terra, cremá-los contaminaria o ar...

(ver mais na Tectónica e na Wikipédia)

O engraçado era eu ter a impressão de me ter cruzado com as Torres do Silêncio antes. E realmente tinha-me  cruzado no 'Viagem ao Mundo da Droga', em que lhes dedicam um capítulo ('As Torres da Morte'), devido a um esquema qualquer em que se metem para conseguir fotos das torres e vendê-las.  



Dokhma em La India, 1880. Por Bourne and Shepherd

murder on the dance floor




...e sexta no ginásio assiti a um duplo-homicídio . umas covers techno-manhoso-de-aula-de-spinning destas duas músicas. seguidas.
ainda não percebi muito bem porque é que os ginásios e os professores que escolhem as músicas se deixam ficar por estas paroladas...com tanta música eletrónica boa que praí anda...

strangeways, here i come! parte VIII

No meu sonho estava numa casa-banho pública feminina qualquer quando reparo nos urinóis.
A existência deles dever-se-ia ao facto de serem utilizados por transexuais que ainda não teriam sido operados.

Mas de repente entram umas catraias  e empoleiram-se naquela merda e começam a mijar como se tivessem numa sanita.







©Lars Wenner

2.3.10

[fotograma de (500) Days of Summer, Marc Webb 2009]



...por vezes é incrivelmente ridícula e irreal a imagem que passam dos arquitectos no cinema.

1.3.10

quando alguém nasce/nasce selvageeemmm/não é de ninguém!


...no Sábado à noite, estava muito bem sentadinha prestes a ouvir o senhor Dakota Suite a contar a sua vigésima tentativa de suicídio do qual foi salvo pela esposa a quem ele já agora dedica o seu trabalho, e quem estava sentado a uma cadeira de mim : o sr. Delfins, Miguel Ângelo. Começo a pensar que o homem está em toda a parte, que ainda outro dia o vi no Plano B. Mas estes encontros trazem à memória [uma frase batida...] um Paredes de Coura em que nós já todos bêbados e pedrados dá-mos de caras com o sr. Delfins, e a 10mt de distância começamos a gritar : ' Miguel!!!!! és como um riooooo! Miguel!...solta os prisioneiros!!!. Muito engraçado por sinal, pelo menos para nós naquela circunstância. E engraçado também é o facto de se ter passado exactamente a mesma coisa em Paredes com a minha companhia na noite de Dakota. O Miguel está em todas.