30.1.10

verborreia . [após a quinta de leitura]


1ª conclusão.
Colectiva : nenhum de nós percebe dança contemporânea.

2ªconclusão.
Colectiva : antigamente os artistas e intelectuais eram pessoas atormentadas, desiquilibradas, que bebiam e se drogavam, tinham várias amantes, suicidavam-se, cortavam orelhas, eram contestatários,...hoje em dia vestem-se todos de preto, têm famílias e filhos aos 30, são equilibrados, perferem um porto vintage ao absinto, talvez um charuto ao ópio, já não amarram uma pedra aos pés e se mandam pra dentro de um rio...
Nuno - Queres ver que os intelectuais hoje em dia são todos de direita?

3ªconclusão.
Mariana - Pois viemos aqui ver se havia peixe e saímos de cana a abanar...
Nuno - Acabaram-se-nos as minhocas...
Luísa - Olha o desespero é tanto que qualquer dia lanço mas é a rede...

4ªconclusão.
Joana - O tamanho da pila de um homem é directamente proporcional à sua feldade. Ou seja, quanto mais feio o homem é, maior o seu atributo. O que é uma maneira de compensar as raparigas que olham para os homens feios não pela sua aparência mas por outras características...
(conlusão que se provou verdadeira após a discussão de alguns casos de estudo das três raparigas sentadas naquela mesa)

da pinga

passava por mim um homenzinho assim pó ébrio ali pós lados de Sta. Catarina (com a respectiva garrafa na mão) enquanto dizia :

-Antigamente a droga era a aguardente...pois...hoje em dia é 'ai e tal tou todo pedrado de ácido...'

28.1.10

Triplo!




notícia no Bodyspace






a nova música . fofinha q.b. mas espero sinceramente que ele continue na onda dos épicos do YS. e venham dai arranjos com orquestra que também gosto muito.

27.1.10


fotograma do 'The Virgin Suicides' de Sofia Coppola (1999)




O suicídio físico é drástico e perturbador.
O emocional também, a diferença é que não se vê.
 
(in Vontade Indómita)

26.1.10

murderer on the dance floor...




sem misericórdia para tamanho assassínio de espaço público.
sem misericórdia pro tal do arquitecto Rui Barros que ao que parece estudou na FAUP e não aprendeu nada.
sem misericórdia pro tal do arquitecto Rui Barros (again) que disse ao JN que "as críticas (...) só podem ser vistas como 'preconceito', sublinhando que 'também o projecto da Avenida dos Aliados é polémico e é de Siza Vieira' "...que foi completamente infeliz na comparação visto que o que o Siza fez na Avenida foi exaltar os edifícios existentes enquanto o que o senhor arquitecto faz na Praça Parada Leitão é anulá-los...(em conjunto com o já referido espaço público).

acredito piamente que o senhor Rui Barros é um betinho que nunca foi ao Piolho enquanto estudou e que preferia ir à Foz e ao Via Rápida (ou então que ficava encafuado em casa a fazer processo) e que pensa que lá por agora o pessoal da zona industrial se estar a mudar pra Baixa isso lhe dá o direito de intervir no espaço como se não houvesse condicionantes de maior...

espero muito sinceramente que este senhor asse nas estufas que serão aquelas esplanadas no Verão.
e espero sinceramente que os senhores políticos do PS e da CDU ( os que contestam o projecto...) tenham o bom senso de chegar ao Piolho com um buldozer e mandar aquilo abaixo.

morte ao Barros!Pim!

(notícia do JN)

25.1.10

dá perninha?




quando legarizarem a poligamia, pegarei na Joana e iremos as duas até à Gávea pra casarmos com o Selton Mello.

....e só agora reparei que a última frase da Jane Fonda brasileira é Nietzsche...preciosismos...

23.1.10




As I walked along
The supposed golden path
I was confronted
By a mysterious specter
he pointed to the graveyard
over on yonder hill
I paused in cosmic reflection
confused and wondering.
Of how I came to die to die...
Hmmm I was confused
For if I was dead
how and why did I die?
but I composed myself
and decided I should face him
But I stood paralyzed
on the supposed golden path.
and I was confronted
by a powerful demon force
and they said it was the devil
and when he spoke his words flowed like glowing lava
from the mouth of a volcano
and I said help me lord
I found myself in some kind of hell
but I did not believe in a
Heaven and hell world of opposite’s kind of reality
and I gained control of myself
and I decided to press on
and as I walked along the supposed golden path
I was trembling with fear all the lions and wizards yet to come.
I seen in the distance silver mountains rising high and the clouds
and voice from above did whisper some shining answer from the womb.

22.1.10

me my brain and I 2




a conciência una mora num penumbroso salão de banquetes perto do tecto de uma mente cujo chão de dez mil baratas mexe quando um raio de luz irrompe e une todos os pensamentos num instante de concordância do corpo já sem expirar e as baratas são uma verdade que nunca ninguém sussurra

4.48 Psicose    Sarah Kane

21.1.10

Por vezes comovo-me. Não que a 'última aula' tenha sido particularmente excepcional, [gostava mais do tom coloquial das 'outras aulas']...mas os tem-as levantados, todos a girar em torno da grande questão da identidade cultural, são-me particularmente pessoais neste instante em que tento perceber o que raio é isso da identidade cultural para talvez vir a escrever uma dissertação - não sobre a identidade cultural portuguesa, mas sobre uma identidade que lhe tem muito a dever que é a brasileira.

Mas o caso é que a minha emoção não é directa; emociono-me sim por um dia isto tudo me ter emocionado : a identidade cultural portuguesa, o sentido da arquitectura enquanto questão social, as revoluções, aquele telurismo exacerbado do qual eu padecia nos tempos em que gostava de andar feita cabrita a subir o rio de Cabanas ou a serra da Guardunha...- e vejo-me [hoje] um bicho urbano, que começa a ter dificuldade em assimilar qualquer informação que não seja imediata...[um filme?só se for uma série de, no máximo, 30min de duração por episódio...um livro?...awmm só se forem crónicas, ou contos...], que já não se sente propriamente confortável na sua solidão...e assusto-me. Por olhar para trás e ver-me num Tempo diferente daquele em que vivo hoje : meio em crise de identidade, meio aculturada, a comer saladas enquanto o meu cérebro saliva por informação fast-food.

imagem gamada aqui

- A secção 'Libertina' por favor?



[e um telemóvel com uma câmera melhor, por favor?]

15.1.10

idiossincrasias


é bom voltar à faculdade e encontrar os balões das frases postos pela associação (na foto, a frase mais representativa do nosso querido Manuel Mendes - ao pé da secretaria...) e entrar na casa de banho e ler na porta : 'na FAUP todos são irmãos...mas alguns são filhos e outros bastardos...'
é bom ver que continua tudo na mesma.
e também é bom constatar que eu continuo indiferente as usual...

no strings attached...*



*ou : dos altos e baixos de uma rapariga de estatura média [frase roubada (e adaptada com descaramento) ao J.P.Simões...] ou ainda : matar dois coelhos de uma cajadada.



quando ainda me inspiravas, (agora não sei muito bem onde te hei-de meter) : 



No meu sonho passeio pela cidade. Numa esquina encontro o coelho gigante do Donnie Darko,  que com um ar lascivo acena dois frasquinhos enquanto sussurra 'eat me....drink me....'. Passo por ele até encontrar um polvo gigante, que me acena com oito frascos nos seus oito tentáculos....não sussurra como o coelhinho.....grita em plenos pulmões : FUCK ME!FUCK ME!...Fico surpreendida com a frontalidade do polvo e bebo um dos frascos. De repente o chão transforma-se em espelho e sou sugada para o outro lado. Dou por mim naquilo que parece um sistema de esgotos, misturado com todo o sistema de cabos e canos que deve existir por baixo do chão. Ando um bocado até me aperceber que não estou por baixo da cidade, estou dentro do teu cérebro. Passeio entre milhares de ligações, neurónios e nervos enquanto penso em ter cuidado...o teu cérebro é cheio de armadilhas, os teus pensamentos cheio de truques, as tuas ligações cheias de ratoeiras...e enquanto vou caminhando penso em que esquina vai estar a rainha de copas para me cortar a cabeça. De repente lá está ela...bem no meio dos hemisférios...antes que me aperceba já a minha cabeça rola pelo chão... ganha umas patinhas e começa a correr dali pra fora....[esta já não serve]...mas no meu pescoço começa a crescer uma espécie de bolha. A bolha rebenta e aparece uma cabeça nova....a rainha de copas vira-se pra mim e diz:'....por mais que tentes pintar as rosas de vermelho elas serão sempre brancas...'...e eu respondo-lhe..'e qual seria a piada se assim não fosse?'




quando o sexo era bom, quando tinha um crush por ti, e quando por aí a soltar a franga  :



Para ti, o meu coração, arrancado do meu peito...para ti todas as minhas artérias e veias, em conjunto com todo o meu sangue;....para ti, todas as minhas entranhas, o meu fígado, o meu estômago e rins, rasgados, arrancados de dentro de mim ainda frescos e a pulsar;...para ti as minhas cordas vocais, a minha garganta e língua gritando nas tuas mãos, por causa das tuas mãos;....para ti os meus olhos, arrancados das órbitas com aquela mesma faca, a de cabo preto;...para ti as minhas unhas, pintadas de vermelho;....para ti todo o meu corpo, autopsiado, esventrado e incinerado por ti...,


E então todo o meu corpo dilacerado se aproximará devagarinho de ti, as minhas artérias enrolar-se-ão em ti, sufocar-te-ão espalhando todo o meu sangue pelo teu corpo, e o meu sangue esgueirar-se-á pelos teus poros, invadindo-te completamente, e a minha garganta gritará até não poderes mais ouvir, e as minhas mãos estrangular-te-ão até o verniz vermelho das minhas unhas se confundir com a tua carne e todos os meus órgãos substituirão os teus;...


E tudo isto, tudo isto para saberes, para teres plena consciência de todas as inacreditáveis formas com que me matas, para sentires como os meus órgãos se revolvem e explodem;...para sentires os meus gritos abafados e o fogo de artifício no meu estômago, para sentires o meu sangue e ferver e as artérias a desintegrarem-se, os meus olhos e tudo o resto a derreter-se, formando uma bola que tu atiras para todos os lados, dentro da fornalha que é o meu corpo e que são os meus sentidos;...

Sim, quero que sintas, quero que ME sintas a morrer de tantas maneiras que não poderás imaginar, quero que sintas os meus suores frios de privação, aquelas noites de esquizofrenia, quando suplico que me venhas dilacerar outra e outra vez, até me tornar num indecifrável bolo de entranhas que levarás para a tua cama, taparás com o lençol, enquanto esperas paciente, que desse bolo eu renasça, para me matares outra e outra vez...



Para ti, meu carrasco, todo o meu corpo, todos os recantos recônditos do meu corpo, tudo para ti...tudo só para ti.......menos a minha alma e o meu amor,...que esses tive de os vender para te poder ter....




...isto de andar a organizar o pc tem que se lhe diga...descubro que o facto de pela primeira vez na vida não ter assuntos pendentes é de certa forma nostálgico...

before the night is through...






O senhor Alan Ball passou-se. True Blood é a série mais lame de sempre. DE SEMPRE.

Mas os créditos de abertura estão deliciosos (aparece um axolot logo no início...yeah!) assim como a fotografia e o ambiente...a fazer lembrar o Six Feet Under e o Gregory Crewdson:






...o curioso da coisa é que na série o sangue de vampiro dá moca. Mas como lhes falta um bocadinho de imaginação fizeram do sangue de vampiro algo que se manda como ácidos e cuja moca é uma conjugação da moca de várias coisas...já tou mesmo a ver os putos viciados em Crepúsculos a chuparem-se uns aos outros a ver se ficam pedrados.

11.1.10

por isso é que prefiro ir a festas de eletrónica...


cartaz da Inês, amiga da Lulu :)


o Tendinha é um mercado de carne.
.
acho que deve ter uma espécie de portal espacial que o liga directamente à Lapa no Rio de Janeiro.
.
só que no Tendinha eles tentam disfarçar e em vez de funk ouvem rock.

a tour (so far...)




Sábado, 23 de Janeiro de 2010 - Clubbing Casa da Música (Spank Rock, Lindstrom, Nosferatu e afins)
Quinta, 28 de Janeiro de 2010 - Quintas de Leitura no Teatro do Campo Alegre (Norberto Lobo, valter hugo mãe, Adolfo Luxúria Canibal e afins...)
Sexta, 12 de Fevereiro de 2010 - Glass Candy no Plano B
Sábado, 13 de Fevereiro de 2010 - Clash Club no Sá da Bandeira
Terça, 16 de Fevereiro 2010 - Real Estate no Plano B
Sexta, 26 de Fevereiro de 2010 - Festival para gente sentada [Bill Callahan, Dakota Suite e Camera Obscura (?)]
Sábado, 27 de Fevereiro de 2010 - Clubbing Casa da Música (Steve Aoki) e no mesmo dia há Castanets e Jana Hunter na Zé dos Bois em Lisboa e eu juro que vou acender uma velinha ao santo da música pra ver se eles vêm também ao Porto...
Quinta, 18 de Março de 2010 - Beach House no Centro Cultural Vila Flor
Quarta, 26 de Maio de 2010 - The XX na Casa da Música
Quinta, 27 de Maio de 2010 - Grizzly Bear no Coliseu do Porto

4.1.10

experiência nº1

Na altura lia uma coisa chamada ‘Idéia do Brasil : a Arquitetura Imperfeita' (um livro que nada tem a ver com aquela coisa dos projectos e edifícios e afins; e é mesmo assim, ‘Idéia’ leva acento porque os brasileiros escrevem como falam…), onde Kujawski escrevia sobre a questão da identidade nacional brasileira (ou a falta dela) enquanto comparava a formação do Brasil enquanto país e nação independente com um outro país ‘novo’ também sujeito à colonização europeia : os E.U.A.

Defendia que, o facto de os Estados Unidos serem constituídos por colónias/estados que primeiramente foram independentes (cada qual com a sua identidade e governo) e que posteriormente decidiram unir-se de modo a formar um único país/nação (com algumas desavenças pelo meio mas isso aqui não interessa…) teria ajudado à sua própria definição de unidade nacional : de indivíduos pertencentes a um estado que pode regular as suas próprias leis e possui a sua própria identidade cultural, a indivíduos pertencentes também a uma ideia, uma nação, um Estado que aglutinaria todas essas pequenas partes e as faria pertencentes a uma ‘entidade’ maior.
Coisa que no Brasil não aconteceu, porque desde o princípio foi sempre ‘um todo’, subordinado ao poder de Lisboa e posteriormente ao poder do Rio de Janeiro e de Brasília.

Mas o caso do Brasil ficará de parte por enquanto. O caso do Estados Unidos é mais interessante no sentido em que se torna uma espécie de concretização (com uma pequena grande distorção de escala) de umas ideias que Piet Cornelis Mondrian pôs no papel mais de um século depois: concretamente no texto ‘A Casa – A Rua – A Cidade’, de 1926.




Nele, Mondrian defende a necessidade de individualismo do homem enquanto este ‘busca o universal e o desenvolve em si’. ‘ O colectivismo, em sentido amplo, é para o futuro’, afirma, escrevendo ainda que das massas não se deve, actualmente, esperar nada. O texto depois descamba num lirismo fantasioso e utópico e na enumeração das ‘leis’ da estética neoplasticista...o que importa reter é esta ideia de uma espécie de colectividade consciente que só será alcançável através de um profundo conhecimento individual. E é aqui que entram as colónias norte-americanas. Porque foi através da consciência dessa individualidade inicial que posteriormente se transformaram no colectivo fortíssimo que são hoje. E é por isso que não me chateia nem um pouco o tipo de crítica que é feita hoje ao individualismo. Eu sou meio optimista. Acredito que é só parte de um processo. Como aconteceu com os E.U.A.

3.1.10



que raio de ideia chamarem 'Girls' a uma banda.


se bem que, de um certo modo, os distribuidores de pornografia internética devem estar super agradecidos.