*ou : dos altos e baixos de uma rapariga de estatura média [frase roubada (e adaptada com descaramento) ao J.P.Simões...] ou ainda : matar dois coelhos de uma cajadada.
quando ainda me inspiravas, (agora não sei muito bem onde te hei-de meter) :
No meu sonho passeio pela cidade. Numa esquina encontro o coelho gigante do Donnie Darko, que com um ar lascivo acena dois frasquinhos enquanto sussurra 'eat me....drink me....'. Passo por ele até encontrar um polvo gigante, que me acena com oito frascos nos seus oito tentáculos....não sussurra como o coelhinho.....grita em plenos pulmões : FUCK ME!FUCK ME!...Fico surpreendida com a frontalidade do polvo e bebo um dos frascos. De repente o chão transforma-se em espelho e sou sugada para o outro lado. Dou por mim naquilo que parece um sistema de esgotos, misturado com todo o sistema de cabos e canos que deve existir por baixo do chão. Ando um bocado até me aperceber que não estou por baixo da cidade, estou dentro do teu cérebro. Passeio entre milhares de ligações, neurónios e nervos enquanto penso em ter cuidado...o teu cérebro é cheio de armadilhas, os teus pensamentos cheio de truques, as tuas ligações cheias de ratoeiras...e enquanto vou caminhando penso em que esquina vai estar a rainha de copas para me cortar a cabeça. De repente lá está ela...bem no meio dos hemisférios...antes que me aperceba já a minha cabeça rola pelo chão... ganha umas patinhas e começa a correr dali pra fora....[esta já não serve]...mas no meu pescoço começa a crescer uma espécie de bolha. A bolha rebenta e aparece uma cabeça nova....a rainha de copas vira-se pra mim e diz:'....por mais que tentes pintar as rosas de vermelho elas serão sempre brancas...'...e eu respondo-lhe..'e qual seria a piada se assim não fosse?'
quando o sexo era bom, quando tinha um crush por ti, e quando por aí a soltar a franga :
Para ti, o meu coração, arrancado do meu peito...para ti todas as minhas artérias e veias, em conjunto com todo o meu sangue;....para ti, todas as minhas entranhas, o meu fígado, o meu estômago e rins, rasgados, arrancados de dentro de mim ainda frescos e a pulsar;...para ti as minhas cordas vocais, a minha garganta e língua gritando nas tuas mãos, por causa das tuas mãos;....para ti os meus olhos, arrancados das órbitas com aquela mesma faca, a de cabo preto;...para ti as minhas unhas, pintadas de vermelho;....para ti todo o meu corpo, autopsiado, esventrado e incinerado por ti...,
E então todo o meu corpo dilacerado se aproximará devagarinho de ti, as minhas artérias enrolar-se-ão em ti, sufocar-te-ão espalhando todo o meu sangue pelo teu corpo, e o meu sangue esgueirar-se-á pelos teus poros, invadindo-te completamente, e a minha garganta gritará até não poderes mais ouvir, e as minhas mãos estrangular-te-ão até o verniz vermelho das minhas unhas se confundir com a tua carne e todos os meus órgãos substituirão os teus;...
E tudo isto, tudo isto para saberes, para teres plena consciência de todas as inacreditáveis formas com que me matas, para sentires como os meus órgãos se revolvem e explodem;...para sentires os meus gritos abafados e o fogo de artifício no meu estômago, para sentires o meu sangue e ferver e as artérias a desintegrarem-se, os meus olhos e tudo o resto a derreter-se, formando uma bola que tu atiras para todos os lados, dentro da fornalha que é o meu corpo e que são os meus sentidos;...
Sim, quero que sintas, quero que ME sintas a morrer de tantas maneiras que não poderás imaginar, quero que sintas os meus suores frios de privação, aquelas noites de esquizofrenia, quando suplico que me venhas dilacerar outra e outra vez, até me tornar num indecifrável bolo de entranhas que levarás para a tua cama, taparás com o lençol, enquanto esperas paciente, que desse bolo eu renasça, para me matares outra e outra vez...
Para ti, meu carrasco, todo o meu corpo, todos os recantos recônditos do meu corpo, tudo para ti...tudo só para ti.......menos a minha alma e o meu amor,...que esses tive de os vender para te poder ter....
...isto de andar a organizar o pc tem que se lhe diga...descubro que o facto de pela primeira vez na vida não ter assuntos pendentes é de certa forma nostálgico...