©Mariana Lopes 2009
é necessário padecer de uma certa demência quando se atravessa um oceano e se anda 9 horas de avião (à mercê de um qualquer ataque de pânico resultante da recentemente adquirida aerofobia) e se resolve voltar, por mais três meses (ou menos) com desculpas mais ou menos credíveis como uma tese em que já pouca vontade se tem em acreditar ou um possível estágio do qual me fartarei em dois tempos porque arquitectura tem dias em que não me dá tesão e o cinema novo tem dias em que me aborrece.
é necessário padecer de uma certa demência quando se volta sabendo que ninguém lá está, a não ser o porto de abrigo que é a dona Celeste, um devaneio mal resolvido e alguns conhecidos esporádicos.
mas, é-se necessariamente demente quando a verdadeira razão que leva às 9 horas de avião e 3 meses de trabalho, humidade e neurose tropical é fechar uma espécie de capítulo. De me resolver de uma vez por todas com a cidade (este amor-ódio não está com nada) e de arrasto tentar sair de uma espécie de pós-adolescência mal resolvida, feita de inseguranças, incongruências, auto-flagelações mentais, alternâncias de humor e imaturidades.
uma espécie de 'adultos à força'.
balanço dentro de 3 meses (ou menos).
(post com banda sonora de Titus Andronicus - porque, independentemente das letras, a musicalidade sugere-me sempre a promessa de uma espécie de brighter future).
2 comentários:
já me cruzei sim my love. esse texto é mencionado no "media facades". mas obrigado. se continuar por este caminho, vou ter uma pagina de agradecimentos dedicada exlusisavemente a ti. *
ehehe no mínimo!(e a ver se acompanhas os agradecimentos com uma foto bem sex(y) minha pra ver se engato um arquitecto qq:D)
pah...são coisas com as quais já me cruzei e me vou cruzando...e lembro-me de ti*
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