2.9.10

Ghostrider, motorcycle hero/Bebebebebebebe he's lookin so cute

(fotograma de Ghostwriter, de Roman Polanski, França/Alemanha/Reino Unido 2010)


roubei-te o fotograma, não te roubo o título porque acho que deveria ser 'em' e não 'de'...preciosismos...mas concordo quase inteiramente contigo...:

'(...)e para já, é dos melhores do ano.' é...pode ser ...
'nunca uma arquitectura num filme fez tanto sentido'? deves tar mas é tolo.


'uma clara representação do isolamento, do contraste entre a "bruta" transparência para o exterior e a "volátil" parede de separação entre divisões (o quarto íntimo que esconde toda a informação, o escritório de trabalho, ao lado da sala como espaço de reunião para assistir às notícias);
mas o contraste da construção da casa é uma metáfora (pessoalmente) da informação que passa para o exterior (a superfície de vidro, limpa sem qualquer tipo de caixilharia) e a que fica retida na brutalidade da pedra, ou das paredes de betão. e no fundo, o filme é isso, a volatilidade da informação, e do que vemos e não vemos. ou sabemos.'
é...também pode ser...mas olha filho...esta coisa de andares a fazer a dissertação com o Gadanho anda a dar-te voltas ao miolo...também ficaste fã das ''aspas'' foi?

Embora concorde com a tua interpretação, não consigo perceber que haja uma intenção de tirar o máximo partido do espaço construido, do contraste entre interior/exterior, da textura e da interacção dos personagens no e com o espaço. Trocando por miúdos, fica um bocado aquém das enormes potencialidades daquele cenário. E o argumento...pronto, lá está...há muito tempo que me habituei a fazer o exercício de tentar adivinhar o 'mistério'..., e quando a meio do filme percebo exactamente qual é o cerne da questão e no final tenho razão fico um bocado sem pica. A banda sonora não tem ponta por onde se lhe pegue. Paciência. Mas é um bom filme de qualquer das maneiras...

(fotograma de Ghostwriter, de Roman Polanski, França/Alemanha/Reino Unido 2010)

2 comentários:

Anónimo disse...

adoro te *

confesso que tou fã das aspas.
o filme surpreendeu me porque nao tinha grande expectativa, e durante o visionamento, foi a casa que me prendeu.. e fiz essas associações.. acho que a casa nunca pretendeu ser actor principal, foi uma interpretação pessoal.. fez-me lembrar a importancia do hotel de Shining para a atmosfera de "clausura".

a minha interpretação foi apenas um "pequeno" pormenor que tentei relacionar com a trama.. nao acho mesmo que haja essa intenção primaria.. mas para mim, gostei de interpretar dessa maneira..
no fundo no fundo, no final do filme, mais do que o twist (previsivel) fiquei a pensar na casa.

O Puto disse...

Aquilo que normalmente se designa de aspas são, na realidade, vírgulas altas (" "). As verdadeiras aspas são vírgulas dobradas (« »).
Quanto ao filme, gostei muito, e constatei, de facto, que o edifício é um dos actores do filme.