31.5.10

the carny


 Mariana Lopes 2010

Acho que todas as cidades deveriam seguir o exemplo de Viena e ter um parque de diversões. Embora a Margarida tenha dito que pessar lá de noite é bem mais sinistro, adorei passar de madrugada depois da disconight, com os primeiros raios de sol. Tirei um molho de fotos e estas que estão aqui foram manipuladas com o meu novo brinquedo : Polaroid Project, uma ferramenta bastante útil e com uma plataforma engraçada que poupa alguns minutos de Photoshop.

e por falar em Klimt...que tal a capa do cd dos The Bluetones?

do expressionismo austríaco


Aqui mais alguns exemplares do Egon Schiele, pintor que não conhecia, mas que gostei bem mais do que o cunjunto pobre de exemplares que lá tinham do Klimt.

Klimt vs. Schiele *

 
Gustav Klimt - 'O Beijo'

Egon Schiele - 'Cardeal e Freira'


* ou a Arte Nova transformada em Expressionismo.

27.5.10

passagens da Bíblia com uma carga ligeiramente homoerótica.

«Passando ao longo do Mar da Galileia, viu Simão e André, seu irmão, que lançavam redes ao mar, pois eram pescadores. E disse-lhes Jesus : 'Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens.' Deixando logo as redes, seguiram-no.»

Are you thinking of me when you fuck her?

21.5.10

Oh my god, oh your god, oh his god, oh her god

...a versão oficial da coisa - pra dar um ar assim blasé  - é que eu até nem gosto assim tanto deles...uma música ou outra que me chama a atenção mas nada que me faça dar 30 euros para ver um concerto.

...a verdadeira versão é que os bilhetes tão esgotados ( Margarida - 'ahh aquilo é no Arena, é grande, não esgota...') e ao que parece os austríacos não têm por hábito ir vender bilhetes prá porta. Mas também acho que não iria tentar a sorte...dupla desilusão seria demais. 

20.5.10

nunca/nada/perfeito


esperas o impossivel, minha jovem amiga.

19.5.10

o estrangeiro II

Um dia fui vê-lo ao teatro. E num único dia li o livro. Mas gostei foi mesmo da introdução do Sartre. 'Ferpeita'.

" 'Os gestos de levantar, carro eléctrico, quatro horas de escritório ou de fábrica, refeição, carro eléctrico, quatro horas de trabalho, refeição, sono, e segunda-feira, terça, quarta, quinta, sexta, sábado, no mesmo ritmo...' e depois, de repente, os cenários desabam e acedemos a uma lucidez sem esperança. Então, se sabemos recusar o socorro enganador das religiões ou das filosofias da existência, temos algumas evidências essenciais : o mundo é um caos, uma 'divina equivalência que nasce da anarquia'; -não há amanhã visto que se morre. '...Num universo subitamente privado de ilusões e de luzes o homem sente-se um estrangeiro. Tal exílio é sem recurso, visto que está privado das recordações de uma pátria perdida ou da esperança de uma terra prometida.'"

o estrangeiro


'Compreendi que destruira o equilíbrio do dia, o silêncio excepcional de uma praia onde havia sido feliz. Voltei então a disparar mais quatro vezes contra o corpo inerte, onde as balas se enterravam sem se dar por isso. E era como se batesse quatro breves pancadas à porta da desgraça.'

17.5.10

pá, adoro a internet.

16.5.10

here's looking at you, kid.


reparei que o meu pin do Bogie está a ganhar mofo...

Oh, William, William it was really nothing


...sempre te podes armar em Nicholas Sparks e escrever uma coisa do género 'As palavras que nunca te direi' :P

personality crisis [yeah! yeah! yeah!]


Há uns dias, depois de uns mariscos e umas iscas de fígado regadas a verde, chegámos à brilhante conclusão que a determinada altura devemos ter feito uma troca de personalidades. Aviso-te ,desde já, que quero a minha de volta.

bond, chica bond

Nunca achei muita piada ao género Bond, James Bond. De um certo ponto de vista claro, porque filmes de espiões não é muito a minha praia. Mas vi todos e gostei de alguns. E tenho pena que este Bond frio tenha perdido muitas das piadinhas de ocasião que faziam do Bond o que era. Se se perdem essas particularidades ele será mais um Jason Bourne ou Jack Bauer qualquer. Mas adiante, eu ia falar era dos deliciosos nomes das Bond Girls :

Honey Rider, Pussy Galore, Patricia Fearing, Bambi, Solitaire, Mary Goodnight, Holly Goodhead, Octopussy, May Day, Elektra King, Christmas Jones, Jinx, Miranda Frost, Verity, Vesper Lynd, Strawberry Fields...

...nomeando só os meus preferidos. Sempre achei as Bond Girls boazinhas umas sonsas. E as Bond Girls más muito fixes e psicóticas. Lembro-me particularmente da Xenia Onatopp e da May Day...ah! a cena em que a Xenia tenta matar o Bond numa sauna (ou lá o que era...) com as ancas...enche as medidas!



A Jinx /Halle Berry numa clara referência à Honey Rider/Ursula Andress 


Xenia Onatopp/Famke Janssen e a May Day/Grace Jones

nostalgia mix


Há uma semana que abro a janela e vejo uma vaca a pastar.

E entretanto também me apercebi que ainda tenho a maior parte dos meus livros aqui. E os meus cd's. Aliás, não tenho nenhum no Porto. Pus-me a pensar quando é que deixei de comprar e ouvir cd's. Cheguei a uma dupla resposta : quando o meu leitor de cd's se avariou e quando o computador passou a ser o meu principal instrumento de trabalho - ou seja, lá pró terceiro ano de faculdade. Depois percebi que basicamente só ouço música no PC. Nunca me rendi muito ao mp3, gosto de ouvir barulhos do quotidiano e da cidade (só me rendi por momentos no Brasil, mas isso foi porque queria escapar à cidade...) e até me faz um bocado de confusão as pessoas com o fiozinho branco e alheadas do resto do mundo.
Mas isto porque acabei por pegar no Antics dos Interpol, coisa que já não fazia há anos. E é engraçado que me lembro perfeitamente que me foram apresentados por um affair no meu primeiro ano de faculdade, pouco depois do lançamento..., lembro-me que durante uns meses o meu dia começava com a Evil (que era a minha preferida, depois passou a ser a Slow Hands e ainda a C'mere - e ainda passei por uma fase da Lenght of Love e da Not Even Jail, mas foi sol de pouca dura) ainda sei o exacto momento em que o Banks diz o 'oh' depois do 'Rosemary' e antes do 'heaven restores you in life'...ou seja, conhecia aquela cena de trás pra frente. E tenho saudades desses tempos, em que não conhecia tanta coisa como conheço agora mas que ao menos conhecia bem. E gostava. Depois perdi-me no meio do indie folk e da electrónica e de bizarrices e deixei o rock esquecido no meio dos 500 mil gigas de música que acumulo e que se vir bem, só ouço metade.
E depois vem a minha mãe e diz-me : - Que cd é aquele que deixaste no meu carro (o Antics...)? Gostei bastante!
...E esta heim?

13.5.10

sinto o cão da morte a bafejar no meu pescoço

Já que falas do Capuchinho Vermelho e do Lobo Mau a propósito da We are Water... lembrei-me deste :


é um bocado mais comedido.

venham mais cinco!












(este vídeo e música tão descomunais. em repeat até enjoar e vomitar.)

12.5.10

são os loucos de Viana...*


Tava o Dantas a comprar remédios na farmácia e aparece o Manel da praça a fumar. O Dantas diz-lhe que não se pode fumar ali dentro, ao que o Manel responde: - tu não, eu posso porque sou tolo.



*apanhado algures nas redes sociais. Infelizmente só pode ser compreendido por alguém de Viana. Ou alguém que já se tenha cruzado com o Manel nos festivais. Ou aquele punk do 77 que dizia que o conhecia...

11.5.10

bonito bonito...

...é entrar numa livraria e dar de caras com estas novas edições da Contraponto com ilustrações assinadas por Michael Gillette. No meio de tanto design pobrezinho fez-se luz. São simplesmente adaptadas da edição americana, but who cares?

Principalmente porque o objectivo era sair de lá com este exemplar no saco. E saí. E vim a pensar pelo caminho que esta capa era muito má. E que o título (que, apesar de ser uma tradução literal, se come melhor em inglês do que em português...) lhe dá um ar meio Nicholas Sparks em dia mau. Espero que o conteúdo seja mesmo muito bom.

eu tenho medo dela.

Só poderemos tentar explicar como em tão pouco tempo Orlando passou do deslumbramento ao desgosto, admitindo que essa misteriosa composição a que chamamos sociedade não é absolutamente boa ou má em si mesma; que ela contém um espírito volátil mas potente que, ou embriaga, quando a julgara Orlando, encantadora, ou produz dor de cabeça, quando a julgamos, como agora julgava Orlando, repulsiva.



(Orlando, Virgínia Woolf)



politiquices e dislexias II


Ainda a propósito disto, descobri aqui que as minhas coordenadas políticas são -6.12;-3.95, ou seja sou uma libertina de esquerda. Awm...libertária! Liberal!Deverei deixar crescer a barba e o pêlo do sovaco? Vestir-me de preto? Começar a tratar toda a gente por camarada? Hum? O que fazer para me integrar na tribo?

10.5.10

'se te deixasses mas é de parvoices...'


até ver.

'shut up and watch t.v.'

(fotograma de 'Trust', Hal Hartley, RU/EUA 1990)

8.5.10

lost in translation

procuram-se epifanias.

7.5.10

fuck.

6.5.10

strangerways, here I come! parte incerta

No meu sonho estavamos em Vila Praia de Âncora. Prai 10 pessoas que se alternavam entre pessoal do Porto, de Lisboa e de Viana (numa bola bastante heterogénea e inusitada...) estavamos num bar a beber e a fazer palhaçadas. Eu pedia uma vodka limão e serviam-me um shot amarelo a dizer que aquilo é que era vodka limão. À terceira pus-me a gritar com a empregada. Entretanto apareces tu com um dos teus amigos (o teu amigo ainda era mais inusitado...). Disseste-me coisas feias e que me magoaram sobremaneira, como é teu hábito. Aliás, não é teu hábito...parecias uma estranha combinação de duas pessoas : o corpo dum com a personalidade do outro. Mas no fim acabamos no sexo (o que seria provável de acontecer com o dono da personalidade mas altamente improvável com o dono do corpo...). Isso sim, foi bom.

5.5.10

A última vez que Mariana se entusiasmou com arquitectura (já lá vão uns bons 3 anos...) foi devido a estes senhores - e a mais uns cromos que andaram a fazer/escrever umas coisas porreiras nos 60's. A ver se arranjo uns minutos pra escrever umas palavras sobre eles. Merecem.

É um facto.




Mariana já não se entusiasma com arquitectura. Temos pena.

I used to be darker, then I got lighter, then I got dark again II



“A few times in my life I’ve had moments of absolute clarity, when for a few brief seconds the silence drowns out the noise and I can feel rather than think, and things seem so sharp and the world seems so fresh. I can never make these moments last. I cling to them, but like everything, they fade. I have lived my life on these moments. They pull me back to the present, and I realize that everything is exactly the way it was meant to be.”

na superfície/on the surface 1º dia : Filipe do Jardim


Filip Dujardin, fotógrafo belga, cria através de montagens edifícios ficcionais/impossíveis, questionado os limites e a percepção do objecto arquitectónico.

'Every montage, says Dujardin, is one project. It begins with an idea for a specific image. Often he starts off by building a model of the form he is trying to achieve– at first in cardboard, but he has recently discovered SketchUp. He then goes on a photo safari, often just around the corner, to find suitable buildings ‘with a lot of the same things,’ so that they can be cut and pasted and serve as building material. In fact most of the fictional structures are buildings in Ghent, just resampled.’ (Mark Magazine)

O melhorzinho do dia. Menções honrosas para Pedro Gadanho (que por acaso mostrou bastantes fotos do senhor em questão...) e Luís Urbano. Faltou uma espécie de linha condutora no discurso dos intervenientes. Amanhã há mais.

I used to be darker, then I got lighter, then I got dark again


Mariana Ldl está espantada com a inconstância do seu estado de espírito ao longo do dia.
Mariana Ldl gostaria de adormecer.

4.5.10

do you know what really grinds my gears?



sotaque da Foz. principalmente nas gajas.
a moda das botas timberland.
a moda das sapatilhas de montanha.
a moda das sandálias à Xena, a princesa guerreira (ou à gladiador).

saiu melhor a emenda do que o soneto!


 
 

afinal A semana vai ser bem mais catita do que esperado!