16.5.10

nostalgia mix


Há uma semana que abro a janela e vejo uma vaca a pastar.

E entretanto também me apercebi que ainda tenho a maior parte dos meus livros aqui. E os meus cd's. Aliás, não tenho nenhum no Porto. Pus-me a pensar quando é que deixei de comprar e ouvir cd's. Cheguei a uma dupla resposta : quando o meu leitor de cd's se avariou e quando o computador passou a ser o meu principal instrumento de trabalho - ou seja, lá pró terceiro ano de faculdade. Depois percebi que basicamente só ouço música no PC. Nunca me rendi muito ao mp3, gosto de ouvir barulhos do quotidiano e da cidade (só me rendi por momentos no Brasil, mas isso foi porque queria escapar à cidade...) e até me faz um bocado de confusão as pessoas com o fiozinho branco e alheadas do resto do mundo.
Mas isto porque acabei por pegar no Antics dos Interpol, coisa que já não fazia há anos. E é engraçado que me lembro perfeitamente que me foram apresentados por um affair no meu primeiro ano de faculdade, pouco depois do lançamento..., lembro-me que durante uns meses o meu dia começava com a Evil (que era a minha preferida, depois passou a ser a Slow Hands e ainda a C'mere - e ainda passei por uma fase da Lenght of Love e da Not Even Jail, mas foi sol de pouca dura) ainda sei o exacto momento em que o Banks diz o 'oh' depois do 'Rosemary' e antes do 'heaven restores you in life'...ou seja, conhecia aquela cena de trás pra frente. E tenho saudades desses tempos, em que não conhecia tanta coisa como conheço agora mas que ao menos conhecia bem. E gostava. Depois perdi-me no meio do indie folk e da electrónica e de bizarrices e deixei o rock esquecido no meio dos 500 mil gigas de música que acumulo e que se vir bem, só ouço metade.
E depois vem a minha mãe e diz-me : - Que cd é aquele que deixaste no meu carro (o Antics...)? Gostei bastante!
...E esta heim?

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