hummm...agora o jornal da 2 é patrocinado pela BMW? e a série 'O Mentalista' pelo leite Matinal?
30.9.09
24.9.09
cangaceiro
e lembrei-me agora dos cangaceiros brasileiros, uma espécie de piratas (também andavam alguns corsários lá pelo meio) do sertão que andaram a aterrorizar as gentes do nordesti lá nos fins do séc. XIX e princípios do XX.
O mais conhecido era o Lampião (Virgulino Ferreira da Siva). A sua cachopa Maria Bonita acabou por, nos dias de hoje, dar nome a uma conhecida 'griffe' (estes brazucas têm a mania que falam francês...) brasileira.
wikipédia pra mais informação. maria bonita. maria bonita extra.
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brasiu
how ironic
"Entretanto, alguns fatores prejudicaram o desenvolvimento do Cinema Novo. O primeiro foi não ter conseguido desenvencilhar-se da velha tradição messiânica do intelectual nacionalista brasileiro que encara o povo como algo sem vontade própria e que deve ser conduzido até à sua salvação. O Cinema Novo também se colocou como dono da verdade, como aquele que tinha as melhores propostas para o país, porque fruto de um elaborado raciocínio intelectual, e as propostas mais sinceras, porque autenticamente populares e nacionalistas. O povo era apenas um elemento a ser moldado, ou como se dizia na época, consciencializado.
(...)Intelectuais 'bondosos' faziam filmes para o povo, a quem só restava aceitá-los, ou não. Se o grande público não gostasse dos filmes, o problema não estava na linguagem, nem na estrutura de produção, distribuição e exibição, mas na pouca conciencialização política e no ínfimo desenvolvimento cultural dos espectadores."
SIMONARD, Pedro, Origens do Cinema Novo : a cultura política dos anos 50 até 1964, in Revista Electrónica Achegas, número 9, Julho 2003
fotograma do filme O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro, Glauber Rocha, Brasil 1969
(não tendo em conta a maneira 'estranha' como está escrito o artigo - para não dizer outra coisa, que pela experiência que tive os brasileiros não são muito pródigos na escrita - acho que encontrei o meu paralelo entre o Cinema e Arquitectura.)
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nag champa[ndo] again
ti ti ti ti ti ti tri ti tiiii
(mais logo haveremos de acender um dos teus nag champas estragados kiduxo)
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xamanicando
23.9.09
they're lonely, they're desperate and they want to talk to you.
Tim Harrington e a sua linha hobo phone sex.
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freak zone
.porque se me deu na cabeça de alterar a imagem do blog e se eu pretendesse uma daquelas rocócózadas que andam prai pela net cheias de bonecada e efeitos aurora boreal style e links e colunas e widgets e demais crias de satã teria a vida facilitada e não andaria feita deficiente a tentar entender a linguagem demoníaca que é o código html e a instalar Frontpages e a analizar códigos de blogs que eu gosto só para ter um blogzinho pseudo 'menos é mais'.
.porque o raio da Rockstar Games resolveu que a pirataria é má pró negócio e inventou quinhentos mil esquemas de códigos de ativação e live ID's só pra dificultar a vida a pessoas como eu, que estão mortinhas para jogar o GTA IV, mas que estão a ponto de atirar com moderada força o pc à parede após terem sacado n cracks e nenhum deles funcionar.
.e isto tudo seria mais fácil se:
eu gostasse da hello kitty
eu roubasse o jogo na Fnac
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freak zone
18.9.09
a [very] happy birthday
de todos os presentes que (não) recebemos, os inusitados revelam ser os mais grandiosos. como aquele em que tu pegas numa situação deliciosamente caricata(?) de um passado (não tão) recente, transporta-la para o presente e ofereces assim à cara podre. já te tinha dito que considero essa (situação) uma das maiores provas de apreço que um homem pode oferecer a uma mulher?(dentro de uns limites muito ténues, claro...)
...acho que a senhora da limpeza ou aquele homenzinho que está de braços abertos em cima do morro iriam divertir-se.
obrigado.
...acho que a senhora da limpeza ou aquele homenzinho que está de braços abertos em cima do morro iriam divertir-se.
obrigado.
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eu
everything [in its right place]
Já não bastava noutro dia ter-me apercebido de que vou estar pelos trópicos a tempo de apanhar a Bienal de S.Paulo de Arquitectura, leio hoje sobre a exposição de um dos meus fotógrafos mais-que-tudo, [Helmut Newton] comemorando o décimo aniversário do lançamento do ambicioso 'Sumo', na Helmut Newton Foundation, em Berlim. [onde estarei dentro de duas semanas].
oh yeah!
(ah! é verdade Margarida...aquando da minha estadia em Berlim, também irão por lá andar os Kings of Convenience. Claro que não irei ver.)
(ah! é verdade Margarida...aquando da minha estadia em Berlim, também irão por lá andar os Kings of Convenience. Claro que não irei ver.)
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próxima estación...
16.9.09
15.9.09
ainda Inglourious Basterds
porque [francesquinho] ainda que não consiga tecer uma crítica tão concisa quanto a dele, sei que pelo menos não estou sozinha.
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cinema
11.9.09
bonitinho hihiih
A casa do Oscar
Poemas, testemunhos, cartas - 2000
A casa do Oscar era o sonho da família. Havia o terreno para os lados da Iguatemi, havia o anteprojeto, presente do próprio, havia a promessa de que um belo dia iríamos morar na casa do Oscar. Cresci cheio de impaciência porque meu pai, embora fosse dono do Museu do Ipiranga, nunca juntava dinheiro para construir a casa do Oscar. Mais tarde, num aperto, em vez de vender o museu com os cacarecos dentro, papai vendeu o terreno da Iguatemi. Desse modo a casa do Oscar, antes de existir, foi demolida. Ou ficou intacta, suspensa no ar, como a casa no beco de Manuel Bandeira.
Senti-me traído, tornei-me um rebelde, insultei meu pai, ergui o braço contra minha mãe e sai batendo a porta da nossa casa velha e normanda: só volto para casa quando for a casa do Oscar! Pois bem, internaram-me num ginásio em Cataguazes, projeto do Oscar. Vivi seis meses naquale casarão do Oscar, achei pouco, decidi-me a ser Oscar eu mesmo. Regressei a São Paulo, estudei geometria descritiva, passei no vestibular e fui o pior aluno da classe. Mas ao professor de topografia, que me reprovou no exame oral, respondi calado: lá em casa tenho um canudo com a casa do Oscar.
Depois larguei a arquitetura e virei aprendiz de Tom Jobim. Quando a minha música sai boa, penso que parece música do Tom Jobim. Música do Tom, na minha cabeça, é a casa do Oscar.
Chico Buarque
Poemas, testemunhos, cartas - 2000
A casa do Oscar era o sonho da família. Havia o terreno para os lados da Iguatemi, havia o anteprojeto, presente do próprio, havia a promessa de que um belo dia iríamos morar na casa do Oscar. Cresci cheio de impaciência porque meu pai, embora fosse dono do Museu do Ipiranga, nunca juntava dinheiro para construir a casa do Oscar. Mais tarde, num aperto, em vez de vender o museu com os cacarecos dentro, papai vendeu o terreno da Iguatemi. Desse modo a casa do Oscar, antes de existir, foi demolida. Ou ficou intacta, suspensa no ar, como a casa no beco de Manuel Bandeira.
Senti-me traído, tornei-me um rebelde, insultei meu pai, ergui o braço contra minha mãe e sai batendo a porta da nossa casa velha e normanda: só volto para casa quando for a casa do Oscar! Pois bem, internaram-me num ginásio em Cataguazes, projeto do Oscar. Vivi seis meses naquale casarão do Oscar, achei pouco, decidi-me a ser Oscar eu mesmo. Regressei a São Paulo, estudei geometria descritiva, passei no vestibular e fui o pior aluno da classe. Mas ao professor de topografia, que me reprovou no exame oral, respondi calado: lá em casa tenho um canudo com a casa do Oscar.
Depois larguei a arquitetura e virei aprendiz de Tom Jobim. Quando a minha música sai boa, penso que parece música do Tom Jobim. Música do Tom, na minha cabeça, é a casa do Oscar.
Chico Buarque
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música
como dizia o outro : eu estou aqui!
01. Eu Me Alegrarei
02. Eis -me Aqui
03. Eu Irei
04. Salmo 139
05. Há Muito Mais
06. Filho Amado
07. Tu és o Meu Pastor
08. Lugar de Arrenpendimento
09. Fazer Tua Vontade
10. Cordeiro de Deus
11. Quero Ser
12. De todo o Coração
(faz-se missas da IURD. baratinho.)
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freak zone
não estou entrando em lugar nenhum mas saindo de todos os outros.
O que me estorva em Estorvo:
.poderia ser uma questão conceptual : o que para mim é entendido como uma estória de inevitabilidade de uma condição, Ruy Guerra entende como a busca de uma outra condição;
.poderia ser o exagero de recursos cinematográficos com vista a acentuar o universo distorcido de Estorvo;
.poderia ser a maneira um pouco naif com que ele conjuga todos esses recursos, resultando numa espécie de salgalhada visual;
.poderia ser o actor principal, que embora expressivamente satisfatório quando abre a boca ou anda/corre é uma desgraça;
.poderia ser a figura da amiga magrela ou do caseiro - desnecessariamente grotescas(que passariam a ser necessariamente grotescas se o resto do filme fosse construído noutro sentido...)
.poderia ser o final: no livro não há uma noção de fim mas de continuidade...
.poderia ser uma questão conceptual : o que para mim é entendido como uma estória de inevitabilidade de uma condição, Ruy Guerra entende como a busca de uma outra condição;
.poderia ser o exagero de recursos cinematográficos com vista a acentuar o universo distorcido de Estorvo;
.poderia ser a maneira um pouco naif com que ele conjuga todos esses recursos, resultando numa espécie de salgalhada visual;
.poderia ser o actor principal, que embora expressivamente satisfatório quando abre a boca ou anda/corre é uma desgraça;
.poderia ser a figura da amiga magrela ou do caseiro - desnecessariamente grotescas(que passariam a ser necessariamente grotescas se o resto do filme fosse construído noutro sentido...)
.poderia ser o final: no livro não há uma noção de fim mas de continuidade...
...mas não...a única coisa que me estorva verdadeiramente no Estorvo de Ruy Guerra é a casa(até porque no fim de contas até gostei do filme). A casa da irmã. Porque alguém que pretenda ser fiel na transposição do romance de Chico Buarque para o grande ecrã - que creio que tenha sido a intenção de Ruy Guerra- saberá que Chico estudou arquitectura. Por uns tempos, em S.Paulo. E isso transparece na construção dos espaços em Estorvo. Principalmente na casa da irmã. E o que no livro é uma grande construção espacial que faz inevitavelmente parte da caracterização das personagens e da própria acção, no filme ficará reduzido (nas poucas cenas de que faz parte) a um apartamento de fundo de escada, completamente secundário para o desenrolar da trama. E isso não se faz.*
*principalmente porque, agora que a dissertação será sobre Arquitectura e Cinema Brasileiros, essa casa, se devidamente transposta para a tela, teria dado pano pra mangas...
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literatura
9.9.09
jenny holzer vs.barbara kruger
os suportes são diferentes, a estética é diferente. o que as aproxima será este modelo de frases curtas e incisivas e a utilização de aforismos (mais por parte de Holzer...) - o texto como arte . embora possam diferir um pouco em termos de construção, cruzam-se no sentido da crítica social . eu cá gosto das duas.
Пáвел Николáевич Филóнов
[(Virada Russa - a vanguarda na coleção do museu estatal russo de São Petesburgo) - não bUnitão, o cartaz não tá tão interessante assim...foi só pa contextualizar a coisa...]
...o senhor Pavel Nikolayevich Filonov (cujo impronunciável nome em russo tá no título do post).
Que no meio dos esperados Kandinski e Malevitch e Tatlins, e no meio de outros autores de qualidade duvidosa (fiquei bastante desiludida com a parte da exposição dedicada ao design gráfico...) se destacou pela positiva.
...a princípio pareceu-me uma espécie de cubismo intrincado, mas a wikipédia esclarece:
In 1912, he wrote the article The Canon and the Law, in which he formulated the principles of analytical realism, or "anti-Cubism". According to Filonov, Cubism represents objects using elements of their surface geometry but "analytical realists" should represent objects using elements of their inner soul. He was faithful to these principles for the remainder of his life.
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arte
8.9.09
4.9.09
sinceramente serei sincera...
...a 'actualidade' não me interessa muito. dá trabalho estar actualizada. muito. e quando falo de actualidade falo daquela do telejornais. política, guerras, tufões, mortes, conflitos, a vaca do sr. joaquim que deixou de dar leite e causou prejuízos enormes e que o governo vai ter que apoiar senão vai tudo pra porta da TVI pra dar entevista exclusiva. boring.
...estou mais interessada neste simpático bichinho (que dá pelo estranho nome de axolotl, que diz que é uma espécie de salamandra peter pan - não passa do estado de larva - e que vive exclusivamente num lago qualquer no méxico e que não sei porque é que a Pixar ainda não fez um filme com ele) do que na política externa do Obama ou no conflito do Carcomuniquistão.
mas hoje passei os olhos pelo jornal - só porque sexta é dia de ipsilon (e há tanto tempo que tenho acompanhado a edição online que me deu a nostalgia e fui comprar em papel) - e li num sei quê da Manuela Moura Guedes e do Moniz e da liberdade de expressão e do polvo opressor e do PS num sei que mais e o caralho que o valha.
e lembrei-me duma certa entrevista meio recente ao bastonário da ordem dos advogados. e voltei a olhar pro jornal e pensei que estes gajos estão todos malucos. e voltei a lembrar-me do porquê (deste tipo) da actualidade não me interessar mesmo nada.
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freak zone
shituation
olhou para a minha boca e fez um esgar. era melhor que tivesse sido do mau hálito.
-tens isso numa desgraça, mariana.
-e olhe que uma desgraça nunca vem só doutora, acordei hoje com um torcicolo...(e ainda dizes tu que tens gordura suficiente no peito pra fazer de boa almofada...vê-se...)
-antibiótico duas vezes ao dia até acabar, anti-inflamatório de 12 em 12 horas, pasta de dentes etc.etc.
(e no fim ainda se atreveu a fazer a piadinha do 'parece que tás a querer ganhar sizo...hihiih'...bitch...)
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eu
3.9.09
life is peachy
Marcello Montecino
há r(a)elações das quais não se pode esperar nada. outras, das quais não há nada para esperar. a fatalidade reside algures na diferença entre as duas.
[e o cómico (ou trágico...) é viver as duas ao mesmo tempo...fuck it...life is peachy...]
[e o cómico (ou trágico...) é viver as duas ao mesmo tempo...fuck it...life is peachy...]
inglourious basterds
para quem está familiarizado com o universo do senhor tarantino, inglourious basterds apresenta-se, à primeira vista, estranho.
nada de gansgters, samurais, westerns...
uma perfeição técnica fora do normal (não é que o senhor não saiba ser tecnicamente perfeito, mas ele sempre fez questão de ser propositadamente imperfeito...)
numa segunda aproximação repara-se que está tudo lá. apenas transplantado para um universo que não é tão imediato.
requer alguma agilidade mental para descobrir o tarantino de sempre. mas quando se descobre a pedra da roseta é imediatamente perceptivel todo aquele universo ao qual o senhor já nos tinha habituado.
e a sequência final...completamente abusiva...
secalhar é falha pessoal ao tentar encontrar o tarantino de sempre num filme que claramente quer superar o tarantino de sempre...
mas eu, que no fundo sou uma conservadora de merda, continuo a preferir o tarantino rude e rasca...série Z coiso e tal...
nada de gansgters, samurais, westerns...
uma perfeição técnica fora do normal (não é que o senhor não saiba ser tecnicamente perfeito, mas ele sempre fez questão de ser propositadamente imperfeito...)
numa segunda aproximação repara-se que está tudo lá. apenas transplantado para um universo que não é tão imediato.
requer alguma agilidade mental para descobrir o tarantino de sempre. mas quando se descobre a pedra da roseta é imediatamente perceptivel todo aquele universo ao qual o senhor já nos tinha habituado.
e a sequência final...completamente abusiva...
secalhar é falha pessoal ao tentar encontrar o tarantino de sempre num filme que claramente quer superar o tarantino de sempre...
mas eu, que no fundo sou uma conservadora de merda, continuo a preferir o tarantino rude e rasca...série Z coiso e tal...
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cinema
nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.
Portishead - The Rip
Enviado por portishead. - Ver os últimos vídeos de musica em destaque
(...mais ao menos a partir dos 5min e 10s...)
...e depois vai-se a ver e quem foi o senhor que produziu os The Horrors?Geoff Barrow!
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música
2.9.09
1.9.09
deficiências emocionais
e o aparente conforto e familiaridade dos nossos (a)braços continuam a ser desculpa suficiente para não seguirmos ambos em frente.
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