(Mariana Lopes 2010)
Ontem, enquanto me divertia a fazer as minhas primeira provas de contacto - super-profissional, hum? - pensava num artigo que li há pouco tempo e numas conversas parisienses. Voltei a pensar nisso durante grande parte do concerto dos Sun Araw (no resto de tempo pensei na tese - psicadelismo a mais para mim).
O artigo abordava a questão de como, principalmente a partir da Revolução Industrial, nos temos tornado cada vez mais 'especializados' , e dava como exemplos opostos à especialização Pitágoras ou Leonardo da Vinci, senhores que no seu tempo eram uma espécie de humanos multitasking. O jornalista (épa, continuo sem me lembrar onde raio li a cena) não era ingénuo, claro, e salientava que a quantidade e meios de informação e conhecimento que existia na antiga Grécia ou no Renascimento não é comparável à actual.
No meu caso, ao invés de apostar na especialização - acredito que encaixes de caixilhos ou arquitectura dos mosteiros cistercienses sejam assuntos deveras interessantes - resolvi andar a deambular entre arquitontices, cinema, design e fotografia (continuo a achar que a formação em arquitectura é um exelente ponto de partida - principalmente no que toca à percepção do espaço e à sua 'produção'), com resultados razoáveis, embora não tão consistentes como um certo grau de especialização em cada em deles me permitiria - o que não deixa de ser irónico.
Entretanto andei a experimentar a música . E aqui reside a desilusão. Consideraria que a minha formação clássica e a minha 'base de dados' me permitiria mover-me com facilidade na criação musical. Nada mais errado. Perco-me nas batidas, samples e instrumentos sem conseguir ter uma visão lógica do que estou a/quero criar.
Mas para quem não apresenta as mesmas dificuldades de multitasking aconselho vivamente o magnifico Audiotool :
Apesar da plataforma super acessivel e de certa forma lúdica, acho que me fico pelo Ableton Live,... embora tão cedo não o volte a abrir.
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